Estrelinhas

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

PREFÁCIO de JUNG ao I CHING & Agentes Espirituais (Anjos) do Oráculo - (C.G. Jung).

“O I Ching a todo instante insiste no autoconhecimento. O método pelo qual isso deve ser alcançado está aberto a todo tipo de aplicações errôneas e por isso não convém aos frívolos e imaturos nem aos intelectualistas e racionalistas. Só é apropriado àqueles afeitos ao pensar, à reflexão e aos quais apraz meditar sobre o que fazem e sobre o que lhes acontece”... (Carl Jung). [‘Prefácio ao I Ching’ ].
 
Guardião do Dia. 'CALIEL': "Deus pronto a ouvir". Protege os nascidos em 30/08, 11/11, 23/01, 06/04 e 18/06. Quem nasce sob esta influência é inteligente, irreverente, carismático. Tem extraordinária intuição para descobrir a verdade; basta-lhe um olhar para identificar a verdadeira intenção. É verdadeiro "mago", que consegue realizar milagres graças a sua fé inabalável. Saiba mais. (Clic): 'Caliel' - 18º Anjo. Categoria 'Tronos'. 

'TRONOS': Categoria angelical que inspira os homens à arte e à beleza. São representados nas pinturas como anjos bonitos e jovens, que trazem consigo uma harpa, cítara, flauta ou algum tipo de instrumento musical. Apreciam oráculos e de consultá-los. Tsaphkiel é o seu Príncipe-Arcanjo, associado à Terra, tem como simbologia expressar as forças criativas em ação, auxiliando-nos a vislumbrar o porvir. Sua facilidade em projeção astral, permite que elimine via sonhos, fatos ou acontecimentos ruins que lhes poderiam suceder. Apreciam a música e ficar em silêncio. Dóceis e ternas, procuram ouvir a voz do coração ao invés da mente, seu lado racional... 
 "Ninguém nasce para sofrer; nasce para aprender".
(Campos de Raphael)
 
 
Prefácio de Jung ao I Ching & Agentes Espirituais (Anjos) do Oráculo.
“Se o significado do Livro das Mutações fosse de fácil apreensão, a obra não precisaria de um prefácio. Mas sem dúvida esse não é o caso, já que há tantos pontos enigmáticos em seu conteúdo que os estudiosos ocidentais tenderam a considerá-lo como o conjunto de "fórmulas mágicas" que seriam abstrusas demais para serem inteligíveis, ou careceriam de todo valor”..

Wilhelm, entretanto, fez o esforço possível para abrir caminho à compreensão do simbolismo do texto. Ele tinha condições de fazê-lo, pois a filosofia e o uso do I Ching foram-lhe ensinados pelo venerável sábio Lao-Nai-Hsüan. Além disso, durante um período de vários anos havia posto em prática a peculiar técnica do oráculo. A apreensão do sentido vivo do texto dá à sua versão uma profundidade de perspectiva que um conhecimento exclusivamente acadêmico da filosofia chinesa nunca poderia proporcionar.

Tenho uma enorme dívida para com Wilhelm pelo esclarecimento que trouxe à complicada problemática do I Ching e pelas intuições relativas à sua aplicação prática. Por mais de 30 anos, interessei-me por essa técnica oracular -, um método de explorar o inconsciente, que me pareceu de excepcional significado. Já estava familiarizado com o I Ching quando conheci Wilhelm no começo da década de 20; ele confirmou o que eu já sabia, além de ensinar-me muito mais...

É curioso que um povo tão dotado e inteligente como o chinês nunca tenha desenvolvido o que chamamos ciência. Nossa ciência, entretanto, é baseada no princípio da causalidade, o qual é considerado uma verdade axiomática. Mas uma grande mudança está ocorrendo em nosso ponto de vista. O que a "Crítica da Razão Pura" de Kant não conseguiu, está sendo realizado pela física moderna.

Os axiomas da causalidade estão sendo abalados em seus fundamentos: sabemos agora que o que denominamos leis naturais são meramente verdades estatísticas que supõem, necessariamente, exceções...

Se deixarmos a natureza agir, veremos um quadro muito diferente: o Acaso vai interferir total ou parcialmente em todo o processo, tanto assim que, em circunstâncias naturais, uma sequencia de fatos que esteja em absoluta concordância com leis específicas constitui quase uma exceção.

A mente chinesa, como a vejo trabalhando no I Ching, parece preocupar-se exclusivamente com o aspecto casual dos acontecimentos. O que chamamos de coincidência parece ser o interesse primordial desta mente peculiar e o que cultuamos como causalidade passa quase desapercebido... Devemos admitir que há muito a dizer a respeito da imensa importância do acaso. Uma quantidade incalculável do esforço do homem visa a combater e limitar os incômodos ou perigos representados pelo acaso. Considerações teóricas de causa e efeito frequentemente parecem fracas e pobres em comparação com os resultados práticos do Acaso...
É correto dizer que o cristal de quartzo é um prisma hexagonal. A afirmação é verdadeira quando se considera um cristal ideal; entretanto, na natureza não se encontram dois cristais exatamente iguais, ainda que todos sejam inequívocos hexagonais. A forma concreta, no entanto, parece interessar mais ao sábio chinês que a forma ideal. O emaranhado de leis naturais que constitui a realidade empírica é mais significativo para ele que uma explicação causal de fatos que, além disso, em geral devem ser separados uns dos outros para que possam ser adequadamente tratados.

Enquanto a mente ocidental cuidadosamente examina, pesa, seleciona, classifica e isola, a visão chinesa do momento inclui tudo até o menor e mais absurdo detalhe, pois tudo compõe o momento observado.

Assim ocorre quando são jogadas as três moedas, ou quando se contam as 49 varetas; esses detalhes casuais entram no quadro do momento de observação e fazem parte dele - uma parte que para nós é insignificante, porém para a mente chinesa é de suma importância...

Existem astrólogos que podem dizer a uma pessoa, sem nenhum conhecimento prévio, a data de seu nascimento, qual era a posição do sol e da lua, e qual o signo que se encontrava sobre o horizonte no momento de seu nascimento. Diante de tais fatos é preciso admitir que os momentos podem deixar marcas duradouras.

Em outras palavras, quem quer que tenha inventado o I Ching estava convencido de que o hexagrama obtido num determinado momento coincidia com esse momento, tanto em qualidade quanto em tempo. Para ele o hexagrama era o intérprete do momento no qual era tirado... o indicador da situação essencial que prevalecia no momento de sua origem...
 
Essa suposição envolve um certo princípio curioso que denominei Sincronicidade, que formula um ponto de vista diametralmente oposto ao da causalidade. A causalidade... é uma espécie de hipótese de trabalho sobre como os acontecimentos surgem uns a partir dos outros, enquanto que, para a Sincronicidade, a coincidência dos acontecimentos, no espaço e no tempo, significa algo mais que mero acaso, precisamente uma peculiar interdependência de eventos objetivos entre si, assim como dos estados subjetivos (psíquicos) do observador ou observadores.

O pensamento tradicional chinês apreende o cosmos de maneira semelhante ao do físico moderno, que não pode negar que seu modelo do mundo é uma estrutura decididamente psicofísica. O fato microfísico inclui o observador, tanto quanto a realidade subjacente ao I Ching abrange a subjetividade, isto é, as condições psíquicas dentro da totalidade da situação momentânea. Assim como a causalidade descreve a sequencia dos acontecimentos, a Sincronicidade, para a mente chinesa, lida com a coincidência de eventos...

Os 64 hexagramas do I Ching são o instrumento pelo qual se pode determinar o significado de 64 situações diferentes, porém típicas. Essas interpretações são equivalentes a explicações causais. A conexão causal é estatisticamente necessária e pode, portanto, ser submetida à experiência. Uma vez que as situações são únicas e não podem ser repetidas, não parece ser possível, em condições normais, realizar experiências com a Sincronicidade. No I Ching, o único critério de validade da Sincronicidade é a opinião do observador de que o texto do hexagrama equivale a uma interpretação fiel de sua condição psíquica.

Supõe-se que a queda das moedas ou o resultado da divisão do conjunto de varetas de caule de milefólio é o que necessariamente deve ser uma "situação" dada, já que qualquer coisa que aconteça naquele momento pertence a ele como parte indispensável do quadro. Se um punhado de fósforos é jogado no chão, eles formam o padrão característico daquele momento.

Uma verdade tão óbvia como essa, porém só revela seu caráter significativo se for possível ler o padrão e verificar sua interpretação, parte pelo conhecimento do observador da situação objetiva e da subjetiva e parte pelo caráter dos fatos subsequentes...

Meu argumento acima exposto, jamais, é claro, ocorreu à mente chinesa. Ao contrário, de acordo com a antiga tradição, são "agentes espirituais", atuando de maneira misteriosa, que fazem com que as varetas de caule de milefólio dêem uma resposta significativa. Esses poderes constituem como que a alma viva do livro, que é, portanto, uma espécie de ser vivo, e a tradição supõe que se podem fazer perguntas ao I Ching e esperar receber respostas inteligentes.

Ocorreu-me que talvez interesse ao leitor não iniciado ver o I Ching operando. Com esse propósito realizei uma experiência rigorosamente de acordo com a concepção chinesa: personifiquei, de certo modo, o livro, perguntando seu julgamento sobre sua situação atual, isto é, sobre minha intenção de apresentá-lo à mente ocidental.

Ainda que o procedimento se enquadre perfeitamente nas premissas da filosofia Taoista, para nós ele parece demasiado extravagante. Entretanto, nem mesmo o insólito dos delírios doentios ou superstições primitivas jamais me chocaram. Sempre tentei permanecer livre de preconceitos e curioso...
Por que não ousar um diálogo com um antigo livro que se propõe como algo vivo? Não pode haver mal nenhum nisso, e o leitor poderá observar um procedimento psicológico que tem sido posto em prática vezes e mais vezes através dos milênios da civilização chinesa, representando para homens como Confúcio ou Lao-Tse tanto a expressão suprema da autoridade espiritual quanto um enigma filosófico...

Utilizei o método de moedas e a resposta obtida foi o hexagrama 50 - Ting, O CALDEIRÃO.  De acordo com a maneira como foi formulada minha pergunta, deve-se entender o texto do hexagrama como se o próprio I Ching fosse a pessoa que fala. Assim, ele descreve a si próprio como um caldeirão, isto é, como recipiente de ritual contendo comida preparada - [o que lembra o caldeirão druida de Asterix e Obelix]. Deve-se entender comida, aqui, como alimento espiritual.

Wilhelm diz a respeito: "O Ting, enquanto utensílio pertencente a uma civilização refinada sugere o cuidado e a alimentação dos homens capazes, o que resulta em benefício da nação... Aqui a cultura atinge sua culminância na religião. O Ting serve para a oferenda de sacrifícios a Deus. Os mais elevados valores terrenos devem ser oferecidos em sacrifício a Deus... A suprema revelação de Deus encontra-se nos profetas e nos santos. Venerá-los é, na verdade, venerar a Deus. Os desígnios de Deus, manifestados através deles, devem ser aceitos com humildade"...

Quando alguma das linhas de um hexagrama dado tem o valor de seis ou nove, significa que são especialmente enfatizadas e por isso importantes na interpretação. Em meu hexagrama os "agentes espirituais" enfatizaram com um nove as linhas na segunda e terceira posições. Diz o texto: Nove na segunda posição significa:/ Há alimento no Ting./ Meus companheiros têm inveja,/ mas nada podem contra mim./ Boa fortuna”.



A alça (em alemão Griff) é a parte pela qual o Ting pode ser segurado (gegriffen). Portanto, significa o conceito (Begriff) que se tem do I Ching (o Ting). No decorrer do tempo, esse conceito aparentemente mudou, de modo que hoje já não podemos apreender (begreifen) o I Ching. Assim, "ele é impedido em suas atitudes". Já não somos mais amparados pelo sábio conselho e pela profunda visão intuitiva do oráculo; por isso, não mais encontramos nosso caminho através das complexidades do destino e da escuridão de nossa própria natureza...

Quem responde tem uma noção interessante sobre si mesmo: se vê como um recipiente no qual as oferendas ao sacrifício são trazidas aos deuses, a comida do ritual destinada à sua alimentação. Concebe a si próprio como um utensílio de culto destinado a prover o alimento espiritual para os elementos ou forças inconscientes ("agentes espirituais") que foram projetados como deuses - em outras palavras, para dar a essas forças a atenção que elas necessitam para desempenhar seu papel na vida do indivíduo. Na realidade, é o significado original da palavra "religio" - uma cuidadosa observação e consideração (de ''relegere") do numinoso.

O método do I Ching leva realmente em consideração a oculta qualidade individual existente nas coisas e nos homens e também no nosso próprio inconsciente. Interroguei o I Ching como fazemos com alguém a quem estamos prestes a apresentar a nossos amigos: perguntamos se isso seria ou não agradável a ele. O I Ching, como resposta, fala de seu significado religioso, do fato de ser desconhecido e mal interpretado na atualidade e sua esperança de voltar a ocupar um lugar de honra - essa última parte obviamente como uma direta menção ao meu prefácio ainda não redigido e, sobretudo, à tradução para o inglês. Essa parece ser uma reação perfeitamente compreensível, tal como se poderia esperar de uma pessoa numa situação similar.

Mas como surgiu essa reação? Porque eu joguei três pequenas moedas ao ar e as deixei cair, rodar e parar em cara ou coroa, conforme o acaso. Esse curioso fato de que uma reação que faz sentido surja de uma técnica que, aparentemente, exclui, de início, todo e qualquer sentido, é a grande conquista do I Ching. O exemplo que acabo de dar não é único, respostas significativas são a regra...

Concordo com o pensamento ocidental que seriam possíveis inúmeras respostas à minha pergunta e certamente não posso afirmar que outra resposta não terá sido igualmente significativa. Entretanto, a resposta obtida foi a primeira e única; nada sabemos sobre outras possíveis respostas. Esta me agradou e satisfez. Fazer a mesma pergunta uma segunda vez teria sido falta de tato, por isso não a fiz: "o mestre só fala uma vez"...

O opressivo enfoque pedagógico que pretende enquadrar os fenômenos irracionais dentro de um padrão racional preconcebido é anátema para mim. Na realidade, coisas assim como essa resposta devem permanecer tal como eram em sua primeira aparição, pois só então sabemos o que faz a natureza quando deixada em si mesma sem ser perturbada pela intromissão do homem. Não se deve recorrer a cadáveres para estudar a vida...
 
 
 
Voltemos ao hexagrama. Não há nada estranho no fato de que todo o Ting, O CALDEIRÃO, amplie os temas propostos pelas duas linhas ressaltadas. A primeira linha do hexagrama diz: Um Ting com os pés para o alto, emborcado./ É favorável remover o conteúdo estagnado./ Uma concubina é aceita em virtude de seu filho./ Nenhuma culpa”.

Um caldeirão que se encontra de cabeça para baixo está fora de uso. Logo, o I Ching é como um caldeirão que não está sendo usado. Virá-lo ao contrário serve para eliminar o conteúdo estagnado, como diz a linha. Assim como um homem toma uma concubina quando sua esposa não tem filho, recorre-se ao I Ching quando não se encontra outra saída.

Apesar do status quase legal da concubina na China, na realidade ele não é mais que um recurso de certa forma secundário; assim também o processo mágico do oráculo é um recurso que pode ser usado com um objetivo mais elevado. Não há culpa, embora se trate de recurso excepcional...

Demonstrei nesse exemplo de forma tão objetiva quanto me foi possível como o oráculo atua num caso dado. Evidentemente, o processo varia um pouco segundo a forma como a pergunta é formulada. Se, por exemplo, uma pessoa encontra-se numa situação confusa, ela própria pode aparecer no oráculo como aquela que fala, ou se a pergunta diz respeito a um relacionamento com outra pessoa, essa pessoa pode aparecer como aquela que fala. Entretanto, a identidade de quem fala não depende inteiramente da maneira pela qual a pergunta foi formulada, da mesma forma que nossas relações com semelhantes nem sempre são determinadas por estes últimos.

Frequentemente nossas relações dependem quase que exclusivamente de nossas próprias atitudes, mesmo que não estejamos conscientes desse fato. Assim sendo, se um indivíduo não tem consciência do seu papel num relacionamento, poderá haver uma surpresa à sua espera, ao contrário das expectativas, ele próprio pode aparecer como o agente principal, como às vezes é indicado, de forma inequívoca, pelo texto. Pode ocorrer que tomemos uma situação demasiadamente a sério e a consideremos de extrema importância, enquanto que a resposta que obtemos ao consultar o I Ching chama a atenção para outro aspecto inesperado, implícito na pergunta.

Tais ocorrências podem, ao início, levar-nos a pensar que o oráculo é ardiloso. Diz-se que Confúcio recebeu uma só resposta imprópria, isto é, o hexagrama 22, Graciosidade - um hexagrama totalmente estético. Isso lembra o conselho dado a Sócrates por seu ‘daimon’: "Você deveria fazer mais música" - e a partir de então Sócrates começou a tocar flauta...
Confúcio e Sócrates concorrem ao primeiro lugar no que se refere a uma perspectiva racional e uma atitude pedagógica diante da vida; mas é pouco provável que um deles tenha se preocupado em "embelezar a barba em seu queixo", como aconselha a segunda linha do hexagrama. Infelizmente a razão e a pedagogia, frequentemente, carecem de encanto e graça, e o oráculo talvez não se tenha enganado.

Segundo a concepção da antiguidade, as linhas indicadas por um seis ou um nove possuem uma tensão interna tão grande que se transformam em seus opostos, isto é, yang em yin e vice-versa. Através dessa transformação, nós obtemos no presente caso o hexagrama 35, Chin, PROGRESSO.

O tema desse hexagrama é relativo a alguém que encontra toda sorte de vicissitudes do destino em sua ascensão, e o texto descreve como ele deve se comportar. O I Ching está nessa mesma situação: eleva-se como o sol e se dá a conhecer, mas é repudiado e não inspira confiança - ele está "progredindo, porém em tristeza". Entretanto, "obtém-se grande felicidade da parte de seu ancestral".

Em sonhos e nos contos de fadas, a avó, ou ancestral, frequentemente representa o inconsciente, pois esse último, no homem, contém o componente feminino da psique. Se o I Ching não é aceito pelo consciente, pelo menos o inconsciente o aceita e o I Ching está mais ligado ao inconsciente que à atitude racional da consciência. Já que o inconsciente é frequentemente representado em sonhos por uma figura feminina, poderia ser essa, no caso, a explicação. A figura feminina pode ser interpretada como a tradutora, que deu ao livro cuidados maternais, e o I Ching poderá facilmente considerar isso como uma "grande felicidade". O I Ching prevê a compreensão geral, mas teme ser mal usado. Mas está atento à advertência, "Não se deixe levar por ganho ou perda". Ele permanece livre de "partidarismos" e não se impõe a ninguém...
 
“O I Ching não se apresenta com provas e resultados, não se vangloria de si, nem é de fácil abordagem. Como uma parte da natureza, espera até ser descoberto. Não oferece fatos, nem poder, porém para os amantes do autoconhecimento, da sabedoria - se estes existem - parece ser o livro indicado. Para alguns seu espírito parecerá claro como o dia; para outros, sombrio como o crepúsculo; e para outros ainda, obscuro como a noite. Aquele que não o aprecia, não precisa usá-lo e aquele é contra, não é obrigado a considerá-lo verdadeiro. Que o deixem seguir para o mundo em benefício daqueles que sejam capazes de discernir o seu significado”. Zurique, 1949. C. G. Jung. [Trechos extraídos de ‘I Ching – O Livro das Mutações’. Pensamento] - Jung – Prefácio ao I Ching.
Veja tb.: 'A PRESENÇA ANGÉLICA EM NOSSAS VIDAS' - Ver e Saber em vez de Crer.
 'Carl Jung & A Visão de um Brasileiro'.

 Luz, Amor e Paz! (Campos de Raphael).










sábado, 24 de agosto de 2013

AJUDA ANGÉLICA NUM INCÊNDIO - O Anjo de Bob.

 
Guardião do Dia. 'HAHAIAH': "Deus refúgio". Protege os nascidos em 24/08, 05/11, 17/01, 31/03 e 12/06. Quem nasce sob esta influência, compreende os outros com facilidade. Tem fisionomia agradável, age com moderação e equilíbrio; é espiritualizado e discreto.  Este anjo faz revelações, principalmente em sonhos. Sua missão é incentivar as pessoas a estudar e atingir o conhecimento através dos livros. Saiba mais. (Clic): Hahaiah - 12º Anjo. Categoria 'Querubins'.
 
'QUERUBINS': Raziel, é seu  Príncipe-Arcanjo. O Anjo dos Mistérios e Príncipe do Conhecimento. Os Anjos Querubins têm incumbência de guardar os Registros Sagrados; são Guardiães da Luz e das Estrelas. Quem nasce nas datas regidas pelos Querubins traz dentro de si sentimentos profundos. Sinceros, dificilmente disfarçam quando não gostam das pessoas, fato ou local. Os artistas da Renascença passaram a representa-los como anjinhos arteiros, armados de arco e flechas, inspirados em Eros-Cupido, o deus do Amor...
 
 "Ninguém nasce para sofrer; nasce para aprender". (Campos de Raphael)










Amor aos Animais. Dê este exemplo:









“Eu sei”: Anjos Existem. ‘Amor de Anjos’.



Vozes Angélicas: Cantores da Natureza.


 


  
Preâmbulo (C+R): Quando iniciamos nossa busca do caminho espiritual, a passagem de um livro chamou-me a atenção pelo fato de existir na Índia alguns gurus ou mestres, que podem surgir fisicamente aos seus discípulos para deixar-lhes alguma mensagem.
 
Na obra ‘Autobiografia de um Yogi’, Paramahansa Yogananda relata ter ido à estação ferroviária para aguardar o seu guru (mestre espiritual), quando este repentinamente lhe aparece fisicamente e avisa que se atrasaria três horas, devido a um acidente na estrada de ferro. Yogananda ajoelhou aos pés do guru (saudação habitual dos discípulos hindus ao seu mestre), e tocou os seus sapatos. Logo a seguir, o corpo do guru se desfez em átomos a sua frente...

Jamais imaginaria que, dezenas de anos mais tarde, após o primeiro contato direto com o anjo da guarda que acompanhou o processo do nascimento meu na forma física e ele passou a comunicar-se comigo através de sinais e intuições -, o que pode parecer coisa de maluco -, eu viria a conhecer relatos incríveis de várias pessoas do Reino Unido e dos EUA que vêem anjos e com eles dialogam; e ainda mais: casos em que o anjo aparece na forma humana, presta-lhe ajuda necessária e se retira. Mais tarde elas se dão conta de que receberam auxilio e conforto angélicos...

Em um dos casos ocorridos na época de Natal, dois estudantes vão afoitamente para estrada debaixo de forte nevasca. O carro enguiça na estrada deserta e eles sabem que não podem nem sair do carro para buscar ajuda por que, devido à temperatura abaixo de zero, morreriam enregelados. De repente, surge do nada atrás deles as luzes pisca-piscas de um carro-guincho. E um cara vestido com pesadas roupas de inverno, bate no vidro do carro deles e pergunta se querem ajuda!
Respiram aliviados, mas imaginam o alto preço que certamente lhes será cobrado. Pedem para levá-los de volta à cidade onde poucas horas antes haviam deixado outro estudante na casa dos pais, e se possível parar num posto com telefone, pois já eram altas horas da noite, e precisavam avisar ao amigo para aguardá-los.
O motorista os atendeu, parando num posto da estrada e depois os levou ao endereço indicado; lá manobrou o guincho para colocar o carro deles na garagem da casa. O amigo deles abriu a porta da cozinha e eles correram para dentro, e pediram que lhes emprestasse dinheiro para pagar o carro-guincho. Surpreso, o amigo diz: “Quê carro-guincho? Não ouvi barulho de motor nem de correntes quando vocês chegaram!” Atônitos, olharam para fora, e só viram marcas de pneus na neve de seu próprio carro, e sinal algum do carro-guincho.
No dia seguinte, chegam finalmente em casa e contam o acontecido. E a mãe revela que não conseguia dormir, preocupada com a viagem deles porque as estações de rádio avisavam da nevasca, pedindo para que ninguém saísse de casa, pois correriam risco de vida, e ela orou pedindo ajuda e proteção divina para eles na estrada...




O Anjo de Bob
“Só mais uma hora” – pensou Bob, pondo-se de pé para esticar as pernas na folga das onze horas. Decidiu ir até o banheiro. Ao subir os degraus e percorrer o corredor, pensou mais uma vez em como era velho aquele edifício. E estava quase na porta do banheiro quando ouviu uma voz gritar: “Fogo!”
Todos os que estavam no corredor pararam de chofre. Ele sentiu o cheiro de fumaça e alguém gritou, outros gritaram também. As pessoas que estavam no corredor correram para a saída distante. Bob foi empurrado junto com a turba, até que a massa recuou diante da porta. - Está fechada! – gritou alguém.

A multidão arremeteu na direção oposta, rumo ao salão. Bob seguiu em meio àquela gente, mal podendo respirar. O homem que seguia à sua frente tropeçou nos degraus e Bob segurou-o pelo braço. A fumaça engrossava; com dificuldade conseguiu chegar onde estava o seu equipamento. E Bob pegou o microfone:

- Por favor, todos mantenham a calma.
Suas palavras, que retumbavam nos alto-falantes foram abafadas pela balbúrdia geral. Alguém tombou sobre a mesa que Bob estava ocupando enquanto um grande grupo se atropelava, correndo para a saída do palco. A essa altura, Bob podia ver as chamas subindo pelas paredes à sua direita, e depois mais chamas na parede próxima à escada que levava ao banheiro...

De repente, sentiu-se apavorado. Onde estava Penny? Gritou o nome dela. Havia pânico por toda parte, agravando o medo que ele sentia por ela. Arremeteu por entre a multidão, gritando repetidamente o nome dela. Não adiantava. Talvez estivesse bem. Talvez ela já deixara o edifício. Mas o medo o angustiava...
Seus olhos começaram a arder, em virtude da fumaça. Ele precisava sair também. Mas onde estaria Penny? E tossia, quando sentiu que alguém lhe tocava o ombro. Olhou para trás e viu um homem quer fazia gestos, apontando a escada do corredor.

Bob olhou para o homem fixamente, e ele repetiu o gesto. Bob seguiu-o A essa altura a escada estava quase vazia e parecia que as chamas e a fumaça se alimentavam mutuamente. Mas o homem continuava a seguir à sua frente. “Ele não sabe que a saída está trancada”, pensou.
Bob tentou deter o homem, mas perdeu-o de vista na fumaça. Bob lhe gritou que voltasse, continuando a segui-lo no corredor. E então viu o homem apontar para a porta do banheiro das senhoras. A fumaça enchia de lágrimas os olhos de Bob; ele piscava e apertava os olhos, e tornou a perder o homem de vista, mas empurrou a porta com o ombro e entrou no banheiro.

Viu Penny estendida no chão ao pé de uma pia, correu para ela e ergueu-a os braços. Ela respirava, e Bob levou-a para o corredor. O homem desaparecera. No salão, restavam poucas pessoas, que corriam para as portas da frente e do palco. Segurando-a com força, enquanto ela tossia, Bob chegou à porta da frente. Ouviu o estardalhaço dos carros de bombeiros que chegavam, em meio a sirenes de polícia e holofotes.
Bob deitou Penny no chão. Um bombeiro correu para eles e afixou uma máscara de oxigênio ao rosto de Penny. Depois de alguns instantes, ela começou a mexer-se. Abriu os olhos e fitou Bob que, atrás do bombeiro, inclinava-se para ela, ansioso. O bombeiro retirou a máscara, e Penny sorriu...

- Você ainda quer ir ao Guido’s? – perguntou ela.
Mais tarde no apartamento dela, Penny contou a Bob que estava lavando as mãos quando as pessoas entraram em pânico. Alguém a fez cair e ela bateu com a cabeça na pia. Mas como Bob soube onde ela estava?

Bob contou-lhe sobre o homem que o havia guiado até ela. E contou-lhe também outra coisa. A história de um dia de chuva, onze anos antes, quando um perturbado mental lhe disse ter visto um homem com uma espada. Naquela época, Bob não acreditava em anjos da guarda. Dizia que nunca acreditaria, a não ser que ele visse um. Mas tinha alguém no Clube 242...
- Era um homem qualquer – disse Penny.
Bob abanou a cabeça. – Acho que não...

- Você acha que ele era o seu anjo da guarda? Então por que ele iria me salvar?

- Talvez ele me proteja, a mim e àqueles que... – Bob hesitou, olhando-a nos olhos – e àqueles que eu amo.
Os olhos dela encheram-se de ternura, no silêncio que se seguiu. De repente, ela riu:
- Tenho uma ideia.
- Qual?

Por que não fazer um programa sobre visitas de anjos? Pediremos para as pessoas que acham ter visto um anjo que nos telefonem e nos contem como foi.
- Uma porção de malucos vai telefonar – disse Bob.

É aí que você entra na história...
- Como assim?

- Você será o meu convidado especial. Contará a sua história, transformando este assunto em coisa séria e legítima.
- Eles vão pensar que eu sou maluco.

-Talvez eles pensem que você é o meu maluco.
“Ela pôs o braço em torno da nuca dele e puxou-o, até que os lábios dos dois se tocaram. Daí por diante, Bob não teve mais dúvidas. Tinha um anjo da guarda”...

[Cf. ‘Anjos Entre Nós’, p. 252/54. Don Fearheiley. Nova Era. 2ª. Edição. 2000].

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

ANJOS & DESVENDANDO MISTÉRIOS - REFLEXÕES - (Campos de Raphael).

“Conhece-te a ti mesmo, e conhecereis o universo e os deuses”. [Cf. ‘Os Mistérios de Delfos’ - ‘Pitágoras’. Édouard Schuré].

Guardião do Dia. 'ACHAIAH': "Deus bom e paciente". Protege os nascidos em 19/08, 31/10, 12/01, 26/03 e 07/06. Sob essa influência, as pessoas trazem dentro de si muita espiritualidade e os pés no chão; seu olhar volta-se para o horizonte, a mente para as estrelas... Achaiah favorece descobrir segredos da natureza e a propagar luzes no trabalho. Mesmo sem oportunidades de instrução, pode adquirir muito conhecimento. Será altruísta, compreensivo e paciente com todos. Saiba mais. (Clic): Achaiah - 7º Anjo. Categoria 'Serafins'.
'SERAFINS': Metatron é seu Príncipe-Arcanjo. A tradição considera essa categoria angelical como a mais próxima de Deus. Contemplam e vivem o Amor divino, aquecendo-se no fogo celestial. Sua incumbência é transmitir o fogo desse Amor às categorias dos demais anjos. As pessoas ligadas a esses anjos são maduras e sábias; têm forte intuição, são nobres e pacientes, e procuram estar em paz com todos...

"Ninguém nasce para sofrer; nasce para aprender".  (Campos de Raphael)
 


Anjos & Desvendando Mistérios - (Reflexões).
 “A experiência mais bonita que se pode ter é a do misterioso… Aquele para quem esta emoção é uma estranha, quem já não pode pausar para admirar e maravilhar-se, é como se estivesse morto”. (Albert Einstein). [Cf. ‘Uma Sincronicidade Para a Cura’. Míria de Amorim].
 
“O mais importante na construção do homem não é instruí-lo. Terá algum interesse fazer dele um ‘livro’ que caminha? Mas ‘educá-lo’ [De ‘educere’, ‘guiar através’], e levá-lo até aqueles patamares onde o que liga as coisas já não são as coisas, mas os rostos nascidos do laço divino. A única música que o coração percebe é essa"... (Saint-Exupéry).

Certo caixeiro-viajante encontrou casualmente Carl Jung na rua, olhou-o de olhos arregalados, dizendo: "Você é realmente o homem que escreve aqueles livros? Que escreve sobre coisas que ninguém sabe?” 
 
Jung escrevera: “Sei que as universidades não são mais fonte de conhecimentos. As pessoas estão cansadas da especialização científica e intelectualismo racional. Elas querem ouvir a verdade que não limite, mas amplie; que não obscureça, mas ilumine”… [Cf. ‘O Segredo da Flor de Ouro’, p.16. Vozes. 1983].

Em 'A Sabedoria da China', Lin Yutang  conta que na época de Confúcio, um dos sábios mais respeitados na antiguidade, um discípulo de Lao-Tse pergunta qual deles era o mais sábio. E Lao-Tse, responde: "O mais sábio é aquele que sabe nada saber". E na Grécia Antiga, Sócrates dizia: "Só sei que nada sei"...
 
Buda, o Iluminado, ensinava a todos buscar a verdade dentro de si mesmos e livrar-se de todo dogmatismo, mesmo dos livros sagrados. Conhecedor da natureza humana, Buda sabia que os textos sagrados estão sempre sujeitos a adulterações, manipulações e adaptações, segundo os interesses doutrinários ou políticos dos detentores do poder temporal, quer sejam sacerdotes ou governantes. Por isso ele instruía a libertar-se de tudo que limita nossa visão interior. [Veja: 'Aprendendo Ver Por Si Mesmo'].
 
Exemplos da época que se elaborava o Novo Testamento da Bíblia atual – mostram que muitos evangelhos dos primórdios do cristianismo foram destruídos e ensinos originais de Jesus extirpados ou adulterados para prevalecer a versão bíblica da Vulgata latina, aprovada no Concílio ocorrido em 553 D.C..
 
As adulterações vieram à tona após às descobertas dos Rolos do Mar Morto e dos manuscritos gnósticos escondidos em Nag Hammadi (Alto Egito) em 1945. Achou-se ali uma jarra de barro selada, contendo 13 códices em copta, traduzidos do grego: textos de ‘A República de Platão’, ‘Corpus Hermeticum’ e de o ‘Evangelho de Tomé’... E um dos códices, conhecido como ‘Codex Jung’, foi adquirido em 1951 pelo Instituto Carl Gustav Jung de Zurique, graças à mediação de Gilles Quispel.
 
Muitos poderão se chocar com as revelações a seguir, mas o compromisso com a Verdade nos leva a citar partes dos capítulos 2, 37 e 38, de 'O Evangelho dos Doze Santos' - preservado durante séculos num mosteiro budista hindu.

 
(1). E O Anjo [Gabriel] apareceu diante dela e disse: “Maria, tu és agraciada, pois a maternidade de Deus está contigo, abençoada és tu dentre as mulheres, e abençoado seja o fruto do teu ventre... E quando ela o viu, ficou turbada com suas palavras e que tipo de saudação seria aquela. E o anjo disse: "Não temas, pois foste encontrada em graça diante de Deus, e eis que conceberás em teu ventre a darás à luz uma criança, que será chamada o filho do Altíssimo”...

Então disse Maria ao anjo: "Como será isto, visto que não conheço varão?” - E o anjo respondendo, disse: “O Espírito Santo virá sobre José, teu esposo, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra, Ó Maria: portanto também o Santo que nascerá de ti será chamado Cristo, o filho de Deus, e seu nome sobre a Terra será Jesus-Maria, pois ele salvará o povo de seus pecados todo aquele que se arrepender e obedecer sua Lei”.
"Portanto, não comerás carne, nem beberás bebidas fortes [alcoólicas], pois a criança será consagrada a Deus ainda no ventre de sua mãe, e ele não comerá carne nem tomará bebida alcoólica”... E no mesmo dia o anjo Gabriel apareceu a José em sonhos e disse-lhe: "Salve, José, és o escolhido, pois a paternidade de Deus está contigo. Abençoado sejas tu dentre os homens, e abençoado seja o fruto de tua semente"... Então José, despertando de seu sono, fez com forme o anjo lhe havia ordenado, e foi até Maria, sua noiva recém-desposada, e ela concebeu em seu ventre o Santo". [Cap. 2, vers. 3 e 4, 6 e 7, 9 e 12. Todos esses versículos foram alterados e/ou extirpados do Evangelho de Lucas na Vulgata latina].

(2). Sobre o Renascimento da Alma [reencarnação], capítulo 37, é dito: "Jesus sentou-se no pórtico do templo e alguns vieram para ouvir sua doutrina. E um deles disse-lhe: 'Mestre, que ensinas sobre a vida?'

E ele lhes disse: “Bem-aventurados os que passam por muitas experiências, porque pelo sofrimento tornar-se-ão perfeitos; eles serão como os anjos de Deus no céu, e não mais morrerão nem nascerão mais, pois a morte e o nascimento não terão mais domínios sobre eles”... “A luz brilha do Oriente para o Ocidente; das trevas o Sol se eleva, e de novo torna a descer nas trevas assim sucede ao homem em toda a eternidade”... “Quando vem das trevas, antes já viveu, e quando mergulha nas trevas, isso acontece para que descanse um pouco e em seguida novamente existir”. [Cf. (Clic): ‘O  Renascimentro da Alma - O Evangelho dos Doze Santos’, vers. 6 e 7. Extirpados do Evangelho de João].
 
(3). 'E vieram alguns de seus discípulos e falaram-lhe a respeito de certo egípcio, um filho de Belial, que ensinava ser lícita a tortura de animais, desde que seus sofrimentos trouxessem benefício aos homens'.
Jesus diz: “Na verdade eu vos digo que aqueles que partilham dos benefícios obtidos praticando atos contra uma das criaturas de Deus não podem ser íntegros, nem podem aqueles cujas mãos estejam machadas de sangue, ou cujas bocas estejam contaminadas pela carne, tocar as coisas santas, ou ensinar os mistérios do reino”.
“Deus concede os grãos e os frutos da terra para alimento e, para o homem verdadeiramente íntegro não há outro sustento para o corpo que seja lícito”.

"...Portanto, digo a todos os que desejam ser meus discípulos: mantende vossas mãos afastadas do derramamento de sangue, e não permitais que qualquer alimento de carne [animal] entre pela vossa boca, pois Deus é justo e magnânimo, tendo ordenado que o homem viva somente de frutas e sementes da terra". (Cap. 38: vers. 1, 2, 3 e 4 (parte), de ‘O Evangelho dos Doze Santos’). [Cf. (Clic): Capítulo 38> JESUS ERA VEGETARIANO  - (Fonte: janeladaalma.blogspot.com.br e magisterlux.com (n/antigo site)].
 
'O Evangelho dos Doze Santos' -, mais conhecido na Europa como ‘O Evangelho da Vida Perfeita’ -, tem curiosa história: Escrito em aramaico, língua que Jesus falava, foi entregue a um mosteiro budista para ser preservado para a posteridade. Deus um dia enviaria um estrangeiro conhecedor do aramaico como seu mensageiro, que daria conhecimento ao mundo.

Na época, a Igreja destruía todos os antigos manuscritos para ninguém descobrir as "correções", adulterações e extirpação de ensinos originais que, em seus concílios como o de Nicéia (325 D.C.) e o II de Constantinopla (553 D.C.), vinha montando o "novo testamento". E o Evangelho de Lucas e de João,  foram  então os mais prejudicados - basta compara-los com os originais desse "apócrifo": 'O Evangelho dos Doze Santos'...

Séculos se passaram; a Índia era colônia inglesa quando por fim ali chegou o Rev. G. J. Ouseley, estudioso do aramaico e os monges budistas logo lhe entregaram o manuscrito sagrado... Profundamente tocado pelo conteúdo que revelava a série de passagens extirpadas da Vulgata latina, sentiu o impulso de traduzi-lo para o inglês, e o publicou em Londres (1902).

Depois foi editado noutras línguas sob o título ‘O Evangelho dos Doze Santos’. Adquirimos a sua versão alemã no Lectorium Rosicrucianum sede de Haarlem-Holanda; a Editora Rosacruz-Áurea (SP) publicou-o no Brasil em 1985 (foto).
 

Experienciar e comprovar as coisas por si próprio, sempre foi o portal seguro para resgatar a autonomia de consciência e o livre pensar. Somente quem sai “em busca da verdade” pode achar respostas às suas indagações mais profundas porque “o Universo conspira a favor”, e as respostas vêm de modo mágico graças ao auxílio dos Anjos da Sincronicidade, instrumentos do ‘Self’, o ser quântico interior, que constela os eventos significativos...
A terapeuta holística Dra. Míria de Amorim estudou psicologia junguiana e alquimia, pôde comprovar na prática médica a inter-relação entre o universo interior e o exterior, ao experienciar isto em si mesma. Passou então a prescrever altas dinamizações de homeopatia a seus pacientes, para reequilibrar os corpos físico, emocional, mental e espiritual, obtendo incríveis curas que relata em livro. Assisti à palestra sua no Country Clube de Nova Friburgo em 29.01.2002, quando me autografou: 'Uma Sincronicidade Para a Cura'.

Ali, ela cita o fundamento quântico no processo de cura: “O ser quântico não experimenta dicotomia entre exterior e interior, porque os dois, o mundo interior da mente (de ideias, valores, noções de bondade, verdade e beleza) e o mundo exterior da matéria (dos fatos), dão origem um ao outro. De alguma forma importante a consciência é o relacionamento entre partículas quânticas elementares, só que em ponto grande. A dualidade mente e corpo no homem é um reflexo da dualidade onda/partícula que é subjacente a tudo que existe. Assim, o ser humano é um minúsculo microcosmo do ser cósmico”. (Danah Zohar). [Cf. obra citada, p.9. Míria de Amorim. Edit. Caravansarai. 2001].

Agora, talvez pergunte: Que mistério se esconde dentro e por trás de nós?  “Fazer a si mesmo perguntas mais profundas revela novas maneiras de estar no mundo. Traz um sopro de ar fresco. Torna a vida mais alegre. A grande jogada na vida não é saber, mas mergulhar no mistério”. (Fred Alan Wolf). [Cf. ‘Quem Somos Nós’, p. 33].
Veja tb.: ‘Física Quântica & Sonhos: Sua Vida é um Sonho?’    
Luz, Amor & Paz! (Campos de Raphael).