Estrelinhas

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

UMA HISTORINHA DE BUDA - Ver Por Si Mesmo e Não Crer.

Anjo Guardião: Ah! V. ainda não sabe o seu?! (Clic): "Descubra seu anjo pelo mês de nascimento". (Monica Buonfiglio). Veja tb:“Conheça o Seu Anjo da Guarda".

Intróito: Entre as jóias de inestimável valor que, ao longo do tempo, nos ofertaram os Mensageiros da Luz, como Melquisedec, Hermes Trismegistos, Jesus Cristo, Krishna, Laotse, e outros, selecionamos uma historinha de Buda, contendo valiosos ensinos…

Coragem e Determinação: Assim como aconteceu a Jesus, também a vida do Buda nem sempre correu em meio à tranqüilidade e o reconhecimento. Dados históricos mostram que, como todo verdadeiro guerreiro da Luz, teve que enfrentar obstáculos e calúnias entre ascetas e brâmanes (a religião vigente), para dar seu testemunho do Ensinamento Universal.

Certa vez Buda, advertiu aos discípulos sobre o dogmatismo doutrinário, dizendo: “A doutrina se assemelha à uma jangada: deve ser considerada como um meio e não como um fim; e da mesma forma que a jangada, a doutrina é um meio para atravessar, mas não para se apegar”. (Majjhima-Nikaya, I).

E aos ascetas, alertava: “Se o homem pudesse libertar-se dos grilhões que o prendem à terra, apenas pela recusa do alimento ou condições físicas desfavoráveis, o cavalo e a vaca já teriam atingido isto há muito tempo”…

Aos brâmanes, dizia: “Pelo que faz o homem ele é um sudra (de casta inferior); da mesma forma é um brahmana (de casta superior, sacerdotal). O fogo aceso pelo brâmane, ou pelo sudra, tem a mesma chama, calor e luz. Por que a separatividade?”- (‘Budismo – Psicologia do Autoconhecimento’, p.25/26). [®] Luz, Amor e Paz! (Campos de Raphael).

VER POR SI MESMO E NÃO CRER. Uma Historinha de Buda.
“Para quem busca a Verdade, não é importante saber de onde vem determinada idéia, ou qual a sua origem, nem é necessário saber se o ensinamento provém deste ou daquele mestre; o essencial é vê-la e compreendê-la”. (‘Budismo – Psicologia do Autoconhecimento’, p. 22. Pensamento].

"Certa vez, um grupo de sábios brâmanes foi visitar Gautama Buda, com o qual tiveram uma longa conversa".

Então um jovem monge, brâmane, chamado Kapatika, perguntou ao Iluminado:

— Venerável Gautama, as antigas e santas escrituras dos brâmanes foram transmitidas de geração em geração, mediante uma ininterrupta tradição verbal, através da qual os brâmanes chegaram à conclusão absoluta de que a única verdade seria a deles e qualquer outra seria falsa.

Ouvindo isto, Buda perguntou:

— ‘Entre os brâmanes haverá um só indivíduo que pretenda pessoalmente saber e ter visto, por própria experiência, que esta é a única verdade e qualquer outra é falsa?’

— “Não, Senhor” – respondeu o jovem monge com toda a franqueza.

— ‘Então, haverá um só instrutor, ou instrutor dos instrutores dos brâmanes, anterior à sétima geração, ou ao menos um dos autores destas escrituras, que pretenda saber e ter visto, pela própria experiência, que é a única verdade e qualquer outra é falsa?’

— Não, Senhor! – disse o monge.

— ‘Então, é como uma fila de homens cegos; cada um se apoiando no precedente: o primeiro não vê, o do meio não vê e o último não vê tampouco. Por conseguinte, parece-me que a condição dos brâmanes é semelhante a esta fila de homens cegos’.

E Buda, nesta ocasião, deu a esse grupo de brâmanes um ensinamento de extrema importância:

— Um homem que sustenta a verdade deve dizer: "esta é a minha crença". Mas nem por causa disto deve tirar a conclusão absoluta e dizer: "Só há esta verdade, qualquer outra é falsa”. – (Canki Sutta 95, Majjhima-Nikaya).
[‘Budismo: Psicologia do Autoconhecimento’, p.24/25. Pensamento].