Estrelinhas

terça-feira, 30 de julho de 2013

CURADA PELA GRAÇA DE DEUS - (Entrevista de C. G. Jung).


Guardião do Dia: 'Mitzrael'. Protege quem nasce em 30/07, 11/10, 23/12, 06/03 e 18/05. Este anjo ajuda a curar os males do espírito, a tristeza e a depressão. Sabe retificar seus erros, por entender que é através das experiências que construímos nossa personalidade, o invólucro da alma e do caráter. Sabe reconhecer a mão de Deus em cada detalhe da natureza. Terá desde criança alto grau de maturidade. Saiba mais. (Clic): Mitzrael - 60º Anjo. Categoria 'Arcanjos'. 
 

 ARCANJOS: Miguel [ou Michael] é seu Príncipe regente e orientador dos oitos anjos desta categoria angelical, responsável pela transmissão de mensagens importantes. Favorece os bons relacionamentos, a sabedoria e os estudos.


"Ninguém nasce para sofrer; nasce para aprender".

DICAS IMPORTANTES DE SAÚDE: “Existe um estado de carência nutricional na base de todo o adoecimento”. (Dr. Lair Ribeiro). (Clic): 'MUDE SUA ALIMENTAÇÃO, MUDE SUA VIDA!'

Dores de coluna, artrite, pedras nos rins?!  Pode ser falta de magnésio no organismo. E você pode curar-se em casa! Veja o depoimento deste experiente Clínico:  Cloreto de Magnésio - Dr. Luiz Moura.


Veja tb. Auto-hemoterapia: "O seu sangue tem poder de cura!"
Reportagem de o 'Domingo Espetacular'.

ESPIRITUALIDADE. Vídeos em destaque. (Clic):
'As Sete Leis Espirituais do Sucesso'. Completo. (Deepak Chopra. Dublado).
 
'A Grande Viagem do Espírito' - Wagner Borges.
'A Canção do Senhor': 'Bhagavad Gita’ (em espanhol).
"Curada pela Graça de Deus"- C. G. Jung.
(Entrevista a Georges Duplain).
Duplain: “Como foi que chegou ao seu conceito global do ser humano, da totalidade?”
Jung: “Empirismo como já lhe disse, observação. Tem que se admitir que o fato psicológico é tudo. A percepção torna a realidade psíquica, vivemos na espécie de imagem do mundo que nossos sentidos e inteligência podem perceber; desconhecemos a verdadeira realidade, na medida em que a totalidade dela é inconcebível para nós. Mas possuímos quantidades de sinais da realidade que existe para além daquela que nos é dado perceber sensorial e intelectualmente. E devemos tentar perceber o que está mais além”...
 
Isso é conseguido por etapas. Toda uma evolução foi necessária antes de ser aceita a ideia do inconsciente. Nietzsche, Schopenhauer, Pierre Janet, Charcot, Freud, foram outras etapas. A conjunção de várias linhas de estudo num só homem foi também necessária.
Eu tive a sorte de poder estudar toda a minha vida. Meu pai era um teólogo que se especializou em línguas orientais; ele transmitiu-me um pouco de seu talento para línguas. Estudei literaturas, estudei alquimia medieval e antiga. Religião comparada é claro, e para começar filosofia ao mesmo tempo que medicina. Enfim, tudo o que considerei necessário para preparar a linha de pensamento e a atitude mental que me levaram a descobrir leis...
E não esqueça as minhas viagens, sobretudo na Índia e África, onde nos encontramos com homens de outras épocas. Mediante a observação e a descoberta, assinalam-se relações, semelhanças e coincidências, e tenta-se remontar à sua fonte comum, pois certamente deve existir uma. É a soma de experiência, eis tudo.
 
Deixe-me contar uma história que aconteceu há muito tempo, para mostrar como o empirismo conduz a certas descobertas.
O médico de uma pequena cidade do cantão de Solothurn [Suíça], tinha-me enviado uma jovem paciente que sofria de incurável insônia. Ela estava definhando por falta de sono e o excesso de narcóticos. O médico não atinava uma forma de ajudá-la, exceto com hipnose, ou essa nova psicanálise de que se começava a falar.
E a jovem foi-me enviada. Era uma professora de 25 anos de idade, de uma família muito simples; tinha completado seus estudos com êxito, mas vivia em constante medo de cometer erros, de não merecer sua profissão. Tinha entrado num estado insuportável de tensão espasmódica.
Era evidente que essa jovem precisava de um relaxamento psíquico. Mas nessa época não sabíamos muito a respeito dessas coisas. Não havia ninguém na localidade onde ela vivia que pudesse tratar o seu caso e, portanto, veio a Zurique para tratamento.
Eu tinha que fazer tudo o que me fosse possível, da melhor maneira possível, em uma hora. Tentei explicar-lhe que o relaxamento era necessário que, por exemplo, eu encontrava relaxamento velejando no lago e deixando-me levar ao sabor do vento; isso era bom para qualquer pessoa, e necessário para todos. Mas pude ver em seus olhos que não tinha compreendido. Captou-o intelectualmente, mas foi só...
Depois, enquanto falava sobre vela e vento, ouvi a voz de minha mãe cantando uma cantiga de ninar para minha irmã, como costumava fazer quando eu tinha uns oito ou nove anos; a cantiga falava de uma menininha num pequeno barco no Reno, rodeada de peixinhos...
 
E, quase sem o fazer deliberadamente, eu comecei cantarolando o que lhe estava dizendo a respeito do vento, das ondas, do barco à vela e do relaxamento, na toada dessa canção de ninar. Cantarolei para ela essas sensações e pude ver que estava “encantada“...
A hora chegou ao fim e tive de despedir-me bruscamente. Nada mais soube a respeito dela. Esqueci o nome da jovem e do seu médico. Mas era uma história que me obcecava.

Anos depois num congresso, um estranho se apresentou como o médico de Solothurn, e recordou-me a história da jovem. “Certamente me lembro do caso”, disse eu. “Teria gostado imenso de saber o que foi feito dela”...
“Mas”, respondeu ele, surpreendido, “ela voltou curada, como sabe, e eu sempre quis saber o que o colega fez. Porque tudo o que ela me contou foi uma história de velejar ao vento ou coisa parecida, e nunca consegui que contasse o que realmente aconteceu. Acho que ela não se lembra. Sei, é claro, que é impossível curar alguém cantarolando uma história a respeito de barcos”...
Como iria explicar-lhe que eu simplesmente escutara algo dentro de mim mesmo? Eu tinha viajado muito por mar. E como dizer-lhe que havia cantado para ela uma antiga cantiga de ninar, com a voz de minha mãe?!
“O encantamento como esse é a mais antiga forma de medicina. Mas tudo aconteceu fora de minha razão; só mais tarde pensei racionalmente sobre isso e tentei chegar às leis que lhe eram subjacentes. Ela foi curada pela graça de Deus”...
Duplain: “Como pode o senhor falar assim de graça de Deus?”
Jung: “E por que não? Um bom sonho, por exemplo, isso é graça. O sonho é, em essência, um dom. O inconsciente coletivo, não é para você, nem para mim, é o mundo invisível, o grande Espírito. Pouca diferença faz que nomes se lhe dá: Deus, Tao, a Grande Voz, o Grande Espírito. Mas, para gente do nosso tempo, Deus é o nome mais compreensível para designar o Poder para além de nós"...
"Existem tantas formas possíveis da verdade! Cumpre-nos encontrar palavras simples para as grandes verdades; devemos tentar abordar e encontrar a verdade viva subjacente nas coisas. Esse é o mais antigo esforço da humanidade". [Cf. 'C. G. Jung: Entrevistas e Encontros' p. 366/68. Cultrix. 1982].
 
 Luz, Amor e Paz! (Campos de Raphael).